Intercâmbio "Gratuito": Mito ou Realidade? Entenda as Formas de Financiamento!

Se você quer colocar em prática seu projeto de intercâmbio e entender quais são as formas concretas de realizá-lo, continue lendo e descubra opções que podem transformar esse sonho em realidade!

DICAS E PLANEJAMENTO DE INTERCÂMBIO

Patrícia

11/26/20254 min read

person holding fan of 100 us dollar bill
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A busca por um intercâmbio gratuito ou por bolsas de estudo totalmente pagas no exterior é um desejo comum e faz muitas pessoas arriscarem-se a pagar por consultorias que nem sempre ajudam a chegar mais perto do sonho de uma educação internacional.

Mas o que realmente significa a palavra "grátis" nesse contexto?

O Conceito de "Grátis" no Intercâmbio

Em primeiro lugar, precisamos ser realistas: não existe nada 100% gratuito no universo de serviços e produtos. Se há um serviço (como aulas, moradia, alimentação, etc.), há um custo associado a ele e alguém precisa bancá-lo.

O Custo Sempre Existe: Pense no pagamento dos professores, na manutenção da instituição de ensino, nos livros e até mesmo na moradia. Famílias anfitriãs, por exemplo, recebem um pagamento por hospedarem um estudante.

Quando uma pessoa consegue uma bolsa de estudos, o que acontece, na verdade, é que esse custo não é pago pelo aluno, mas sim por outra parte. O serviço está saindo a custo zero para o intercambista, mas alguém – uma fundação, um instituto ou a própria universidade – está custeando as despesas.

Portanto, para o aluno, o intercâmbio pode parecer "gratuito", mas por trás, há um sistema de pagamento que está sendo financiado.

Formas de Diluir e Custear um Intercâmbio

Mas você sabia que há diversas maneiras de reduzir os custos do seu intercâmbio?

Esses custos podem ser total ou parcialmente cobertos por terceiros (fundações, institutos, universidades ou escolas), ou você mesmo consegue ser seu próprio financiador.

1. Intercâmbio custeado por terceiros

Bolsas de Estudo

As bolsas são a forma mais tradicional de financiamento. E são as mais almejadas porque o estudante só precisa ser aprovado em um processo de seleção.

Entretanto, a disputa é acirrada e requer preparação prévia.

Normalmente, o candidato precisa demonstrar domínio avançado do inglês, comprovado por pontuações mínimas em exames de proficiência reconhecidos internacionalmente, como o IELTS ou o TOEFL.

Além disso, é exigida uma boa performance no SAT (equivalente a um exame vestibular), e o candidato deve se destacar na redação da aplicação e nas entrevistas de seleção.

Ainda assim, a obtenção de uma bolsa não é sinônimo de isenção total de custos. Se o estudante conseguir apenas uma bolsa parcial, o valor a ser pago, mesmo após a concessão de desconto, pode permanecer excessivamente alto.

Mas quem financia esse custo?

Fundações e institutos específicos voltados à educação mantêm orçamentos para custear um número definido de vagas em escolas ou universidades afiliadas.

Filantropia e atração de talentos: Muitas universidades custeiam bolsas por conta própria. Isso pode ter fins filantrópicos ou ser uma estratégia para atrair talentos e pessoas qualificadas para áreas específicas.

Custos parciais: É importante notar que nem toda bolsa é integral (full-tuition). Muitas vezes, apenas um desconto no pagamento é concedido e o aluno ainda pode ter que arcar com:

  • Restante da Anuidade (tuition).

  • Passagens aéreas.

  • Custos de vida (alimentação, locomoção).

  • Taxas de visto (que podem ser caras, dependendo do país e do tipo de visto).

Embora cotado anualmente, o pagamento é frequentemente dividido em parcelas correspondentes ao período acadêmico (por semestre ou trimestre).

Bolsas Full-Ride: essas são o sonho de todos os candidatos a estudante no exterior - são as bolsas em que absolutamente tudo é coberto: passagem, alimentação, estadia e, inclusive, uma ajuda de custo para despesas pessoais. Mas também são as mais difíceis.

2. Auto-custeio

Estudo e Trabalho

A modalidade de intercâmbio que combina estudo e trabalho é uma das formas mais eficazes de subsidiar significativamente os custos de permanência no exterior.

A escolha estratégica por um destino onde o programa de estudos concede permissão legal para trabalhar permite que o estudante gere renda localmente.

Para se qualificar para um visto de estudante com permissão de trabalho, o candidato deve atender a requisitos específicos. É necessário estar matriculado em um programa de estudos (idiomas, técnico ou superior) por um período mínimo (normalmente seis meses).

Além disso, a instituição de ensino escolhida deve ser credenciada pelo governo do país para fornecer a documentação necessária para a solicitação desse tipo de visto. Portanto, a escolha da escola é um fator crucial, pois nem todas podem endossar o pedido de visto de trabalho.

Se o visto for aprovado, o estudante tem permissão para residir legalmente no país por um período prolongado (muitas vezes, até dois anos, dependendo da duração do curso).

No entanto, a permissão de trabalho é sempre em meio período (part-time). É importante notar que o estudante está proibido de trabalhar em tempo integral (full-time), bem como de abrir o próprio negócio ou atuar como autônomo, devendo respeitar as estritas condições impostas pela legislação de imigração para manter sua situação legal no país.

Au Pair: O estudante trabalha como babá para uma família anfitriã. Em troca, a família geralmente fornece moradia e alimentação, além de um subsídio financeiro, dependendo do contrato.

Voluntariado

Algumas instituições religiosas (igrejas, ONGs) podem intermediar visto de trabalho voluntário. O estudante trabalha em funções atreladas à instituição e fica nas dependências fornecidas por ela. Em contrapartida, tem permissão para permanecer no país e, muitas vezes, recebe uma ajuda de custo.

Programa de Afiliados

Existe uma forma menos comum, mas totalmente viável, de conseguir o custeio total do seu intercâmbio:

Parceria e Indicação: Algumas empresas ou instituições oferecem a possibilidade do estudante se tornar um afiliado. Se você, por exemplo, indica um número preestabelecido de alunos pagantes (ex: 10 alunos), a instituição custeia integralmente o seu intercâmbio.

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